Depressão na Criança

Depressão na Criança

Escrito por Dr. Cesar Vasconcellos de Souza
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Criança também tem depressão e angústia. Veja os sintomas e como tratar.


Criança também tem depressão. Criança também sente angústia. Depressão é diferente de angústia. Angústia pode ser sinônimo de ansiedade. Ansiedade todo mundo tem, mas nem todos têm ansiedade alta ou forte demais. Ansiedade é uma inquietude, uma sensação de vazio mesmo quando as coisas ao redor estão sob controle, é uma agitação mental, uma falta de serenidade.

Já depressão é uma perda do ânimo, tristeza profunda que não passa, apatia, pensamentos predominantemente pessimistas, desesperança, perda do prazer nas coisas que antes davam prazer, ideias de morte, isolamento das pessoas, tudo isto persistindo mais do que duas semanas.

As crianças não vivem a ansiedade e a depressão igual aos adultos. A depressão infantil atinge cerca de 1% de pré-escolares; quase 2% das crianças que já estão na escola e cerca de 5% de adolescentes. Alguns estudos dizem que nos adolescentes pode chegar perto de 9% desta população jovem.

As causas da depressão na criança são ligadas ao abuso moral, brigas constantes dos pais, separação dos pais, excesso de atividades exigidas das crianças, com cobranças excessivas, expectativas altas demais em relação ao desempenho da criança em que ela sente que tem obrigação de cumprir tudo, mas como é demais mesmo, ela não consegue, se sente incapaz, culpada, e fica deprimida. Também há o fator hereditário em que a criança pode herdar a possibilidade maior de ter depressão se um dos pais ou outro parente próximo também teve este problema.

Os sintomas mais frequentes são: fadiga com diminuição da atividade, insônia, choro, diminuição da concentração, raciocínio lento, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos, desesperança, isolamento, perda do interesse nos amigos, queda do apetite, ideias e tentativas de suicídio, tristeza podendo ou não estar presente, fobia escolar, enurese noturna (urinar na cama quando já conseguia controlar). Fisicamente podem haver queixas gerais como dor de cabeça, dor nas pernas, nas costas, náusea, cólica intestinal, tontura.

O tratamento envolve: (1)pais aceitarem a doença da criança. Em geral há uma negação por parte dos pais, e acham que a criança quer chamar a atenção, ou tem preguiça, ou eles podem ter vergonha de admitirem que a criança precisa de tratamento psicológico e psiquiátrico; (2)terapia familiar para que os membros da família possam receber orientações, esclarecimentos, e obterem melhoras nos conflitos; (3)possível medicação antidepressiva; (4)orientação educacional; (5)dieta mais natural, com eliminação das fontes de cafeína, chocolate, açúcar refinado, doces, achocolatados, dando alimentos integrais, frutas, legumes, verduras, leite de soja, etc.; (6)expor a criança ao sol por pelo menos 20 minutos antes das 9 da manhã e depois das 4 da tarde (ajuda a liberar serotonina); (7)animar e conduzir a criança a ficar ao ar livre junto à Natureza o mais possível ao invés de fechada entre quatro paredes.

A criança ou o adolescente deprimido necessita ser avaliado por psiquiatra que atende esta faixa etária, para orientar o tratamento que, dependendo do nível depressivo, pode conter medicamentos ou não, e para encaminhar para uma terapia com psicólogo, caso o psiquiatra não faça o tratamento psicoterápico, e só o medicamentoso.

Na maioria das vezes, o apoio familiar e o tratamento psicoterápico bastam para resolver a depressão da criança. Em alguns casos, só a partir dos 6 anos de idade, pode ser necessário, usar algum medicamento.

Maranata!!! De Seus amigos Adventistas do Sétimo Dia!!!

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